domingo, 19 de maio de 2013

Assista ao vídeo.Uma experiência educacional muito interessante!

http://youtu.be/_ywUhVu3pKg
A professora e socióloga Jane Elliott ganhou um Emmy pelo documentário de 1968 "The Eye of the Storm", em que aplicou um exercício de discriminação em uma sala de aula da terceira série, baseada na cor dos olhos das crianças.
Hoje aposentada, aplica workshops sobre racismo para adultos. "Olhos Azuis" é a documentação de um desses workshops em que o exercício de discriminação pela cor dos olhos também foi aplicado.
O objetivo do exercício é colocar pessoas de olhos azuis na pele de uma pessoa negra por um dia.
Para isso, ela rotula essas pessoas, baseando-se apenas na cor dos olhos, com todos rótulos negativos usados contra mulheres, pessoas negras, homossexuais, pessoas com deficiências físicas e todas outras que sejam diferentes fisicamente.

Numa palestra com um auditório lotado, ela pergunta: "Se algum branco gostaria de receber o mesmo tratamento dados aos cidadãos negros em nossa sociedade, levante-se. (...) Ninguém se levantou. Isso deixa claro que vocês sabem o que está acontecendo. Vocês não querem isso para vocês. Quero saber por que, então, aceitam isso e permitem que aconteça com os outros."

http://www.janeelliott.com/

"Olhos Azuis" ("Blue Eyed")
Documentário
93 minutos, 1996

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

DE ONDE VEM O CARNAVAL?

De onde vem o carnaval?
17/02/2012
Saiba quais são as origens da festa mais popular do Brasil. O carnaval brasileiro tem inspiração nas comemorações de Paris no século XIX


O carnaval não foi inventado com moças em biquínis minúsculos e carros alegóricos em sambódromos

Tintas, penas, brilhos. Com a proximidade da festa mais popular do Brasil, isso é tudo que se vê. Considerada uma das festas mais polêmicas, o carnaval divide opiniões ao redor do País. Mas, sejam lá quais foram as suas impressões a respeito da festa, não pense que o carnaval já foi inventado com moças em biquínis minúsculos e carros alegóricos em sambódromos. Você sabe de onde surgiu a festa?

Existem muitos mitos sobre o início do carnaval, mas a festa surgiu, na realidade, nas civilizações antigas, como a Grécia e a Roma, em meados dos anos 600 a 520 a.C. Eram grandes comemorações com comida, bebida e a busca incessante dos prazeres.

Por meio dos festejos, os gregos realizavam cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Na Roma antiga, o período de festas chegava a durar sete dias. Durante as comemorações, todas as atividades e negócios eram suspensos, os escravos ganhavam liberdade temporária e as restrições morais eram relaxadas.

Com o passar dos anos, as comemorações que já eram consideradas liberais passaram a envolver muito mais bebidas e práticas sexuais, o que tornou a festa intolerável aos olhos da igreja.

Mas, após um longo tempo de condenação religiosa, o carnaval teve o reconhecimento da Igreja Católica. A festa carnavalesca foi adotada pela igreja no século XI, no ano de 590 d.C. A decisão causou grande espanto na população, mas não tirou a igreja dos seus objetivos.

Já no ano de 604 o papa Gregório I implantou a Semana Santa. O período deveria ser antecedido por 40 dias de jejum, a Quaresma, em que os fiéis deveriam se dedicar exclusivamente às questões espirituais, evitando sexo, festas e até mesmo a carne vermelha.

O longo período de privações, entretanto, só fez incentivar a reunião de festividades nos dias anteriores à Quarta-Feira de Cinzas, primeiro dia da Quaresma. Nos dias que antecediam o período de jejum as ruas ficavam repletas de pessoas fazendo tudo aquilo que seria proibido nos próximos 40 dias.

Daí surgiu a palavra Carnaval, que está relacionada com a ideia de deleite dos prazeres, do adeus à carne. O conceito é marcado pela expresão “Carnis Valles”, que vem do latim. “Carnis” significa carne e “Valles” é o mesmo que prazeres. A união das duas palavras gerou o nosso conhecido Carnaval.

Mas a festa moderna, feita com desfiles e fantasias, só começou a ser comemorada no século XIX, durante a Idade Média. A sociedade vitoriana aproveitava os últimos dias antes do jejum brincando com máscaras e fantasias, geralmente de ursos e homens selvagens.

Outra prática que se tornou sinônimo do carnaval na Idade Média foi a encenação de peças em que o “Senhor Carnaval” travava longas batalhas contra a “Dona Quaresma”. Foi nessa mesma época que surgiram os primeiros blocos de carnaval, conhecidos como “sociedades alegres”. Formadas, em sua maioria, por jovens, as sociedades alegres saiam apresentando suas peças pela cidade.

Com o passar dos anos, as comemorações que antecediam a Quaresma foram se tornando mais elaboradas e elitizadas. Em alguns lugares, como Veneza, chegaram a ser celebradas com óperas. Na França, o rei Luiz XIV comandava os bailes nos salões reais.

Em 1830, a burguesia parisiense começou a notar os lucros gerados com as comemorações carnavalescas e passou a patrocinar os maiores bailes de fantasias da temporada. Esse mesmo modelo seria adotado pelo Brasil, alguns anos mais tarde.

Antes disso, os festejos brasileiros eram feitos à moda lusitana, com brincadeiras como jogar água, perfume, ovos e todo tipo de coisa sobre os pedestres. Mas com o país se tornando mais desenvolvido, no início do século XIX, a população quis se livrar dos costumes portugueses, considerados selvagens e grosseiros. Para isso, a burguesia carioca procurou um modelo de comemoração mais sofisticado, se inspirando nos bailes e desfiles de carruagens que aconteciam em Paris.

O que aconteceu foi que o novo tipo de carnaval simplesmente não conseguiu acabar com as festas de rua, causando uma mistura que não era completamente elitizada, mas também não podia ser considerada totalmente popular. Nessa época começaram a surgir organizações como blocos, clubes e cordões, transformando o carnaval do Rio de Janeiro em uma inspiração para o resto do Brasil.

Atualmente o carnaval do Rio de Janeiro está no Guinness Book, como o maior carnaval do mundo. O Galo da Madrugada, da cidade de Recife – PE, também já esteve no livro, no ano de 1995, como maior bloco de carnaval do mundo.
Fonte: Bruna Delprete / Universia Brasil